Manaus (AM)- Em entrevista concedida ao Grupo Norte de Comunicação, na manhã desta quinta-feira (17), o prefeito em exercício Renato Junior falou como gestor, mas também como cidadão atento aos desafios de Manaus. Ele destacou a necessidade de se agregar tecnologia no enfrentamento de problemas urbanos, o uso inédito de drones para detectar focos de incêndio, os avanços na prevenção da cheia e o impacto transformador do Passe Livre estudantil.
“Não podemos mais ter ações primitivas na cidade de Manaus”, afirmou Renato, ao tratar do uso de inteligência artificial para mapear buracos e otimizar as ordens de serviço.
O prefeito em exercício revelou que a Prefeitura de Manaus negocia com empresas a instalação de sensores em veículos de transporte, como Ubers e ônibus, capazes de identificar, com precisão, trepidações e falhas viárias.
“Manaus sofre com a umidade, com chuvas ácidas, com crescimento desordenado. Precisamos de métodos construtivos novos. E vamos trazer toda tecnologia que puder nos ajudar”, ressaltou
Sobre o período de seca, que chega a Manaus logo após a cheia dos rios, Renato destacou a adoção de drones pela prefeitura para prevenir queimadas.
“É a primeira gestão do Brasil a usar esse tipo de tecnologia de forma antecipada. Esses drones identificam focos de incêndio antes que eles se espalhem. Nossa meta é agir antes do problema começar. Ano passado, ficamos encobertos por fumaça vinda da região metropolitana. EsTe ano, estamos prontos para não deixar isso se repetir”, afirmou. O trabalho envolve secretarias, ONGs, Defesa Civil e o apoio de comunidades locais.
Ao abordar os impactos sociais da cheia, o prefeito em exercício ressaltou a ampliação da operação “Cheia 2025”. A cidade atingiu a cota de 28,95 metros, mas, diferentemente de anos anteriores, não teve bairros centrais alagados.
“Fizemos o dever de casa: drenagem, desassoreamento, coleta seletiva e ecobarreiras. Só elas retiraram 4.800 toneladas de lixo dos igarapés. Mas não paramos aí: estamos levando cestas básicas, água potável e kits de higiene para 37 comunidades ribeirinhas e nove bairros urbanos. Mesmo sem estado de emergência, sabemos onde o povo está precisando, e é lá que a mão da prefeitura está chegando”, declarou.
Por fim, Renato Junior abordou a questão do Passe Livre estudantil, que se tornou permanente por força de uma Lei Municipal, proposta pelo prefeito David Almeida.
“Antes, uma mãe com três filhos gastava mais de R$ 7 por dia com passagem. Hoje, não paga nada. Essa é a diferença de uma gestão com empatia”, disse.
