Manaus (AM)- Roberto Cidade (União Brasil), candidato à prefeitura de Manaus, apresentou uma nova estratégia em sua campanha eleitoral, adotando um discurso que enfatiza sua condição de vulnerabilidade, caracterizando-se como vítima de capacitismo por parte de adversários políticos.
Durante o horário eleitoral gratuito na quinta-feira (26), Cidade abordou sua dificuldade de pronúncia, referindo-se à crítica acerca da expressão “ploblema”, destacando como isso tem sido utilizado por seus opositores para atacá-lo. Essa mudança de enfoque suscita questionamentos, uma vez que, em sua trajetória na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), da qual é presidente, ele nunca havia abordado questões relacionadas à sua condição.
Ao tornar essa situação um elemento central de sua campanha, a estratégia pode ser vista como uma tentativa de elicitar empatia e votos por meio de um discurso vitimista. A utilização da vitimização na arena política pode ser interpretada como uma manobra para deslegitimar críticas e rivalidades, além de buscar uma conexão com eleitores que possam compartilhar sentimentos de solidariedade frente a preconceitos enfrentados por indivíduos com dificuldades de fala.
Veja o vídeo:
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Atualmente, pesquisas indicam que Cidade ocupa a segunda posição na corrida pela Prefeitura de Manaus, posicionando-se como um dos candidatos aptos a avançar para o segundo turno, possivelmente enfrentando o atual prefeito, David Almeida (UB), que busca a reeleição.
Entretanto, a campanha de Cidade recebeu um alerta significativo. Uma pesquisa da Perspectiva Mercado e Opinião, divulgada na quarta-feira (25), revelou que o Capitão Alberto Neto (PL) ascendeu à terceira posição, superando Amom Mandel (Cidadania), representando uma ameaça para Cidade. Ambos os candidatos têm se atacado diretamente nas redes sociais, com Cidade já tendo conseguido direitos de resposta contra os ataques do Capitão.