Estados Unidos (EUA)- Aos 60 anos, Kamala Harris, candidata democrata, tem a chance de fazer história nas eleições desta terça-feira (5) ao se tornar a primeira mulher a assumir a presidência dos Estados Unidos. Caso eleita, ela também será a segunda pessoa negra a comandar a Casa Branca, seguindo os passos do ex-presidente Barack Obama, o primeiro a ocupar o cargo em 2009.
Com 236 anos de história e 46 presidentes desde George Washington, os Estados Unidos estão prestes a dar um passo importante rumo à inclusão, ao integrar, finalmente, mulheres na posição mais alta do poder. Kamala Harris se juntaria a líderes como Angela Merkel (Alemanha), Margaret Thatcher (Reino Unido), Dilma Rousseff (Brasil) e Cristina Kirchner (Argentina), todos exemplos de mulheres que já ocuparam cargos de liderança no governo.
Kamala é uma das mais destacadas figuras políticas de seu país. Ela fez história ao se tornar a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. Sua trajetória política inclui ainda a conquista de ser a primeira procuradora-geral da Califórnia.
Antes dela, outras mulheres como Hillary Clinton (2016), Geraldine Ferraro (1984) e Sarah Palin (2008) também almejaram a presidência ou a vice-presidência, mas sem sucesso nas urnas.
Quem é Kamala Harris ?
Kamala Harris não é apenas uma pioneira por sua identidade de gênero, mas também por sua origem. Filha de mãe indiana e pai jamaicano, ela representa a diversidade racial e cultural que contraria vários princípios da alta sociedade norte-americana.
Sua mãe, Shyamala Gopalan, imigrante da Índia, foi uma ativista pelos direitos civis, enquanto seu pai, Donald Harris, professor de Economia, tem uma forte ligação com o Brasil, onde lecionou por décadas.
A representatividade
A candidatura de Harris simboliza não só o poder feminino, mas também a importância de uma representação diversa e inclusiva na política. Se eleita, ela se tornará um marco na história dos Estados Unidos, inspirando futuras gerações de mulheres e minorias a lutar por seus direitos e pela mudança que desejam ver no mundo.