Mundo- A Associação Internacional de Estudiosos do Genocídio (IAGS) declarou que Israel está cometendo genocídio na Faixa de Gaza. A resolução, aprovada por mais de dois terços dos aproximadamente 500 membros da associação, alega que o governo israelense tem realizado crimes sistemáticos contra a humanidade, caracterizados por ataques indiscriminados a civis e infraestrutura essencial, como hospitais e residências.
O documento, que possui três páginas, cita a morte e ferimentos de mais de 50 mil crianças e as declarações de autoridades israelenses desumanizando os palestinos, como evidências do genocídio.
Os estudiosos destacam que a destruição de famílias e comunidades palestinas, assim como a demolição de infraestrutura habitacional, são indicativos de um ataque à identidade coletiva dos palestinos.
A IAGS também registrou que as ações de Israel incluem tortura, detenção arbitrária e a privação de recursos essenciais, como alimentos e água. A situação humanitária em Gaza foi classificada como uma catástrofe, com a população enfrentando o nível 5 de insegurança alimentar.
Israel rechaçou a resolução da IAGS, alegando que as acusações são baseadas em informações distorcidas e na propaganda do Hamas. O governo israelense defendeu suas ações como uma resposta ao terrorismo do Hamas, que, segundo eles, busca exterminar o povo judeu.
Além da IAGS, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) e diversas organizações de direitos humanos, como Anistia Internacional, também classificam as ações israelenses em Gaza como genocídio, algo que o governo de Tel Aviv continua a negar.
A definição de genocídio, conforme a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio de 1948, abrange atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
A declaração da IAGS ressalta a gravidade das alegações, que exigem um exame minucioso da comunidade internacional.