Estados Unidos (EUA)- O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou a suspensão de todos os vistos de visita para indivíduos de Gaza enquanto realiza uma revisão “completa e minuciosa” de seus procedimentos. A decisão foi condenada por grupos pró-Palestina, que a consideram discriminatória.
Segundo o departamento, apenas “um pequeno número” de vistos médicos e humanitários temporários foi emitido recentemente, mas não foram divulgados dados específicos. Até maio de 2025, mais de 3.800 vistos do tipo B1/B2, que permitem entrada para tratamento médico, haviam sido concedidos a portadores do documento de viagem da Autoridade Palestina, incluindo 640 apenas no mês passado.
A medida ocorre após a ativista de extrema-direita Laura Loomer, aliada do ex-presidente Donald Trump, alegar em redes sociais que “refugiados” palestinos entraram nos EUA neste mês. Suas declarações geraram reações entre políticos republicanos, como o deputado Randy Fine, que classificou a situação como um “risco à segurança nacional”.
Grupos de direitos civis, como o Conselho de Relações Americano-Islâmicas, criticaram a suspensão dos vistos, chamando-a de mais um exemplo da “crueldade intencional” do governo Trump. Enquanto isso, Gaza enfrenta uma crise humanitária após meses de guerra, com mais de 61 mil palestinos mortos, segundo autoridades locais.
Os EUA não sinalizaram que receberão palestinos deslocados pelo conflito. No entanto, fontes revelaram que Sudão do Sul e Israel discutem um plano para reassentar parte dessa população. A situação continua a gerar tensão tanto no cenário internacional quanto na política interna americana.
