Cajamar (SP)- A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) negou a informação de que Maicol Antonio Sales dos Santos teria confessado o assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, em Cajamar, litoral do estado.
O suspeito está preso desde o último sábado (8) e é considerado o principal envolvido no crime, uma vez que seu veículo, um Toyota Corolla prata, foi visto na cena do rapto da jovem.
A notícia sobre a suposta confissão circulou na noite de segunda-feira (17), mas, logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (18), tanto a polícia quanto a defesa de Maicol desmentiram a informação. O delegado Aldo Galiano, em entrevista durante uma coletiva de imprensa, afirmou que a confissão é apenas “especulação”.
“Ele [Maicol] pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Confissão é muito séria para se divulgar. Por enquanto, nada”, afirmou o delegado.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) também não confirmou a suposta confissão. Uma coletiva de imprensa sobre o caso está marcada para o fim da manhã desta terça-feira, mas os detalhes do que será abordado ainda não foram revelados.
A defesa de Maicol se manifestou, afirmando que “qualquer declaração atribuída a ele, feita sem a presença de seus advogados, ofende a legislação processual”. Em nota, a defesa reiterou:
“Até o presente momento, não houve confissão de autoria ou participação por parte do cliente em relação ao caso Vitória Regina de Souza, sendo inverídicas quaisquer informações que estejam sendo veiculadas a esse respeito”, afirmaram
As investigações estão focadas em entender como Maicol teria perseguido Vitória. A polícia investiga a hipótese de que ele agiu sozinho no assassinato. A jovem, que foi encontrada morta no dia 5 de março, desapareceu enquanto voltava do shopping onde trabalhava em Polvilho, no distrito de Cajamar.
Durante as apurações, os agentes analisaram o celular de Maicol e encontraram diversas fotos da jovem, além de imagens de facas e armas de fogo. A suspeita é de que ele monitorava a rotina de Vitória desde o ano passado.

A polícia aguarda os resultados da perícia realizada no porta-malas do carro de Maicol, onde foram encontradas manchas de sangue, para confirmar se o material pertence à vítima.