Lábrea (AM)- O vice-prefeito de Lábrea, João Roberto, alerta para a grave situação da saúde pública no município, resultado da falta de pagamento por parte do governo de Wilson Lima.
Desde a municipalização, a população enfrenta um colapso no atendimento, especialmente após a substituição da gestão do Hospital Regional por uma nova empresa, que não honra os contratos. Recentemente, todos os médicos foram demitidos pela cooperativa, deixando a comunidade sem assistência.
“Uma criança precisou de avaliação médica após realizar exames, mas não havia nenhum profissional disponível para encaminhá-la a Manaus ou Porto Velho”, destacou João em entrevista à imprensa.
Em 2023, o governo do Amazonas teve que retomar a gestão do hospital, após decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, que considerou arriscado deixar a administração a cargo do município, devido à falta de repasses adequados para a manutenção do serviço.
A crise teve início em janeiro de 2023, quando a Prefeitura de Lábrea solicitou a suspensão de um Termo de Compromisso assinado em 2017, alegando que o estado falhou em suas obrigações. O acordo previa que o estado colaborasse com o financiamento do quadro de pessoal, medicamentos e melhorias na unidade, mas a prefeitura afirma que os recursos e equipamentos prometidos nunca foram entregues.
Enquanto em 2018 o hospital contava com 351 servidores, hoje há apenas 36 funcionários do estado, o que compromete o atendimento. A participação financeira da prefeitura aumentou mais de 100% nos últimos quatro anos, enquanto o governo estadual não cumpriu sua parte.
Com a paralisação dos médicos iniciada em 12 de novembro, os atendimentos de urgência e emergência continuam, mas a situação revela a urgência de investimento e uma gestão eficiente na saúde pública de Lábrea.