São Paulo (SP)- Uma abordagem policial no Jardim Regina Alice, na Grande São Paulo, resultou em cenas de violência que chocaram a comunidade. Policiais militares invadiram a garagem de uma casa e agrediram uma idosa de 63 anos, Lenilda Messias Santos Lima, e seu filho, o empresário Juarez Higino Lima Júnior, de 39 anos.
Imagens de testemunhas mostram os agentes aplicando chutes, empurrões e golpes com cassetetes, além de um “mata-leão”. Nas gravações, Lenilda aparece com o rosto ensanguentado, sendo puxada pela gola do casaco. A invasão ocorreu após um desentendimento sobre uma motocicleta estacionada na calçada, que estava com a documentação irregular.
“A gente não questiona a situação da moto. Ela está errada, mas eles não precisavam entrar, arrebentar o portão e bater em todo mundo”, declarou Paula Sena
Bianca, ex-mulher de Juarez e mãe de Mateus, descreveu a cena como devastadora: “Eles quebraram carros, deixaram um monte de coisa destruída. Entraram para acabar com tudo, sem motivo. Alguns pediram desculpa, mas eu não aceito. Quero que a justiça seja feita.”
Mesmo ferida, Lenilda foi levada para a viatura da PM e, junto com Juarez e Mateus, encaminhada ao Pronto Socorro Central de Barueri (Sameb).
A Polícia Militar afirmou que “não compactua com desvios de conduta e assegura que qualquer ocorrência envolvendo excessos será investigada e os agentes devidamente punidos”. A Polícia Civil também está analisando as imagens e investigando os fatos.
Os policiais alegaram no boletim de ocorrência que a entrada na residência foi justificada pelo “estado flagrancial”, após Matheus, supostamente, tê-los xingado.
A violência policial em São Paulo
O caso se insere em um contexto de crescente preocupação com a violência policial em São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Recentemente, outros episódios, como a morte de uma criança de 4 anos e a agressão de um homem por um agente, têm gerado críticas à atuação da segurança pública.
A Corregedoria da PM está investigando o caso, que é acompanhado de perto por entidades de direitos humanos. Enquanto isso, a família busca justiça e espera pela responsabilização dos envolvidos.