Paquistão (PAK)- Um ataque suicida em um ônibus escolar do Exército na província do Baluchistão, no Paquistão, resultou na morte de cinco pessoas, incluindo pelo menos três crianças. O incidente ocorreu nesta quarta-feira (21), e foi atribuído pelos militares paquistaneses a agentes indianos.
Cerca de 40 estudantes estavam a bordo do ônibus, que se dirigia a uma escola gerida pelo Exército. Vários alunos sofreram ferimentos, conforme relatou Yasir Iqbal, administrador do distrito de Khuzdar, onde o ataque ocorreu.
As autoridades militares e o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, emitiram declarações condenando a violência e responsabilizando “representantes do terror indiano” pelo ataque. Contudo, não foram apresentadas evidências que ligassem o ato a Nova Delhi.
A unidade de mídia dos militares afirmou que “os planejadores, cúmplices e executores desse covarde ataque patrocinado pela Índia serão perseguidos e levados à Justiça”. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Índia rejeitou as acusações, alegando que o Paquistão tenta desviar a atenção de sua própria reputação como um centro de terrorismo.
Randhir Jaiswal, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, comentou que “para esconder suas próprias falhas graves, tornou-se uma coisa instintiva para o Paquistão culpar a Índia por todos os seus problemas internos”.
As relações entre Índia e Paquistão permanecem tensas, especialmente após um cessar-fogo acordado em 10 de maio. Diplomatas alertam que a trégua é frágil, considerando a recente escalada de hostilidades entre os dois países armados com armas nucleares.
Ambos os países se acusam mutuamente de apoiar militantes em seus territórios, embora ambos neguem essas alegações. A última escalada militar significativa ocorreu quando a Índia acusou o Paquistão de estar por trás de um ataque a turistas na região contestada da Caxemira, o que resultou em um intercâmbio de mísseis.
No ataque suicida desta quarta-feira, a televisão local divulgou imagens que mostravam três meninas do ensino fundamental e médio que perderam a vida. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pela explosão, que remete a um dos ataques mais letais da história do Paquistão, quando um ataque a uma escola militar em Peshawar em 2014 matou mais de 130 crianças.