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Tráfico alicia indígenas e leva 205 à Justiça no AM

Redação por Redação
6 de setembro de 2025
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Tráfico alicia indígenas e leva 205 à Justiça no AM

O Amazonas abriga a maior população indígena do país, com 420 mil pessoas — 29% dos seus 3,9 milhões de habitantes. Em um território vasto e de difícil acesso, a ausência do Estado em algumas localidades tem aberto espaço para o avanço do crime organizado, que alicia e escraviza indígenas para atuar como “mulas” do tráfico de drogas. O uso dos povos originários nesse esquema tem acendido o alerta das forças de segurança sobre a expansão do narcotráfico na floresta amazônica.

O Relatório Estatístico Indígenas e Justiça Criminal no Amazonas, do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, divulgado em 2024, revelou que 205 indígenas estavam como réus ou condenados no sistema judiciário estadual. Quase metade deles (47,8%) relatou problemas com álcool e drogas.

Mulas para o tráfico

Foto: Ahmed Zayan/Unsplash

Um dos principais fatores que explicam o aliciamento de indígenas pelo tráfico de drogas é o profundo conhecimento que essas populações têm da floresta e dos rios amazônicos, o que facilita a movimentação e o escoamento das drogas por rotas menos acessíveis, alerta a especialista em segurança pública Goreth Rubim.

“Normalmente os indígenas são cooptados para atuarem como mulas para o tráfico de drogas, com o objetivo de facilitar a entrada e saída das substâncias entorpecentes de um local para o outro, por meio dos rios e trilhas dentro das matas amazônicas”, destacou a profissional.

As forças de segurança identificaram que grande parte da cocaína que circula pelo Rio Solimões tem origem no Peru. Nesse contexto, indígenas e ribeirinhos têm sido alvos do crime organizado — muitos são cooptados ou até escravizados para atuar no transporte de drogas e outros produtos ilícitos, seja por meio de embarcações ou em caminhadas por trilhas na floresta.

Essa prática já apresenta impactos concretos e pode ser observada no aumento expressivo das prisões de indígenas no Amazonas. De acordo com o relatório do Tjam, o número de pessoas indígenas presas mais que quadruplicou entre 2018 e 2023, passando de 24 para 105 casos.

Os municípios com maiores números de indígenas presos são: São Gabriel da Cachoeira (69), Pauini (28), Eirunepé (17), Tabatinga (10) e Santo Antônio do Içá (9).

Cadeia de exploração

Foto: Operação Queda do Céu/ Divulgação/PC-AM

A vulnerabilidade das comunidades indígenas expõe a vida dos povos tradicionais a sérios riscos, à medida que são forçados a se integrar a um sistema criminoso controlado por narcotraficantes.

Em São Gabriel da Cachoeira, a Operação Queda do Céu, conduzida pela Polícia Civil do Amazonas, revelou um esquema envolvendo militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que recrutavam mulheres grávidas e indígenas para transportar drogas em aviões rumo a Manaus. Durante a ação, três militares foram presos.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Raimundo Nonato, o tráfico de drogas foca em cooptar indivíduos específicos para atuarem como intermediários na cadeia do crime.

“O assédio econômico visa primeiramente a pessoas, não é oportuno manter uma ou a comunidade em estado de dependência financeira em razão do custo e dos riscos de investimento ser arriscado. O tráfico se constitui em uma cadeia de comercial”, detalhou o especialista.

Além do interesse financeiro, a dependência química dos indígenas, que muitas vezes começa após serem aliciados para lidar diretamente com as drogas, também contribui para a expansão do narcotráfico nas comunidades.

“Em decorrência ao vício e no pior dos cenários a dependência química, muitos indígenas se submetem a atuar como mulas para o tráfico de drogas, em troca de pequenas porções de substâncias entorpecentes para manter o vício ou para pagar dívidas pela utilização de drogas”, afirma Goreth Rubim.

São Gabriel da Cachoeira (36), Eirunepé (15) e Pauini (13) são os municípios que registram os maiores números de indígenas presos com problemas relacionados ao álcool e outras drogas, segundo o TJAM.

Políticas públicas

Foto: Divulgação/PMAM

O combate ao tráfico de drogas, especialmente na floresta amazônica, exige investimentos contínuos nas forças de segurança — algo que, segundo o cientista político Raimundo Nonato, ainda é insuficiente no país.

“O Governo Federal, governadores e os prefeitos, principalmente em regiões que se tornaram corredor comercial do narcotráfico deveriam pactuar em elaborar medidas concretas com metas a serem atingidas para tirar as comunidades indígenas do ‘Mapa dos traficantes’. Assim como tiraram o Brasil do Mapa da Fome”, assegurou o profissional.

Na visão da especialista em segurança pública, Goreth Rubim, o avanço da criminalidade em terras indígenas ocorre devido à falta de fiscalização constante por parte das forças de segurança que atuam no Estado.

“Infelizmente o estado do Amazonas, até a presente data não apresenta políticas públicas implementadas para a proteção dos povos originários em face aliciamento do crime organizado para os fins do tráfico de drogas”, finalizou.

Durante o Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), realizado em Manaus no último mês, o Secretário de Segurança Pública, Marcus Vinícius de Almeida, alertou sobre o avanço do crime organizado em Atalaia do Norte.

“Temos relatos de inteligência de cooptação e mesmo de tribos escravizadas para poder atender essa demanda do tráfico de drogas, seja na produção ou mesmo carregando essa droga. Precisa dessa atenção especial na questão do Javari”.

Já no encontro binacional Brasil-Colômbia sobre segurança e desenvolvimento nas fronteiras, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) alertou para a crescente vulnerabilidade das Terras Indígenas localizadas na faixa de fronteira, frequentemente alvo de assédio e ameaças por parte de narcotraficantes. A fundação defendeu ações conjuntas e integradas entre os órgãos, diante de uma problemática que exige resposta articulada.

“A Funai com certeza é uma parte interessada para incluir os povos indígenas nessas estratégias de segurança e também de reparação desses crimes que ocorrem naquela região. O Estado brasileiro precisa garantir o usufruto exclusivo das Terras Indígenas aos povos indígenas e para isso se fazem necessárias ações enérgicas”, explica a diretora de Administração e Gestão da Funai, Mislene Metchacuna.

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