Manaus (AM)- Na manhã deste último domingo (03), um homem identificado como Carlos Henrique, foi encontrado com sinais evidentes de tortura foi descoberto no quilômetro 7 da BR-174, no ramal do Seringal, na zona rural de Manaus.
De acordo com informações fornecidas por policiais militares, a descoberta do corpo ocorreu após moradores da região acionarem a polícia. Ao chegarem ao local indicado, os agentes encontraram o homem em estado deplorável, ao lado de um veículo abandonado.
O Departamento de Perícia Técnico-Científica revelou que a vítima foi atingida por oito disparos de pistola calibre 9 milímetros e onze de calibre 380, além de sofrer queimaduras em várias partes do corpo. Perto do cadáver, foi encontrada uma identidade que supostamente pertencia a um militar. No entanto, investigações preliminares indicam que o documento é falso, conforme informações repassadas aos veículos de imprensa.
A cena do crime foi isolada para a coleta de evidências e o corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML) para exames mais detalhados.
Denuncia de Milícia
Antes de sua morte, Carlos foi gravado confessando supostos crimes e denunciando uma alegada milícia à qual afirmava pertencer. Nas filmagens, ele aparece em um local que se assemelha a um matadouro, declarando ser o principal distribuidor de drogas no estado e fazendo acusações que envolvem nomes de figuras conhecidas.
Segundo suas alegações, indivíduos como o Sargento Salazar, o vereador mais votado de Manaus, Sargento Henrique Santiago, Sargento Camurça da Rocam, o deputado federal Capitão Alberto Neto e até mesmo o Secretário de Segurança Pública, Coronel Vinícius, estariam associados a essa suposta milícia.
“Todos eles têm a possibilidade de emitir documentos como este. Eles me forneceram esse documento para que, caso eu seja abordado pela polícia, eu tenha a autorização deles para ligar e informá-los”, disse.
No vídeo, ele exibe alguns dos documentos mencionados antes de sua morte.