Manaus (AM)- O prefeito em exercício de Manaus, Renato Junior, entregou nesta quinta-feira (17) mais quatro casas reformadas pelo programa Casa Manauara, no bairro Morro da Liberdade, zona Sul. As obras fazem parte do compromisso da prefeitura com a dignidade de famílias em situação de vulnerabilidade social.
“Cada casa entregue é mais que obra: é reparo de história, é respeito com quem sempre ficou à margem”, afirmou Renato Junior durante a visita às residências, acompanhado de moradores e da equipe técnica da Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf).
A aposentada Jelcina, de 66 anos, foi uma das beneficiadas. “Nunca pensei que fosse ver minha casa assim, com tudo novinho. Telhado, janela, tudo arrumado. Nem se eu trabalhasse mais 10 anos conseguiria fazer isso sozinha”, relatou.
Além do Morro da Liberdade, moradores dos bairros Santa Luzia e São Lázaro também receberam melhorias estruturais, como troca de telhado, pintura, revestimentos, reparos elétricos e hidráulicos, e adaptações para acessibilidade.
Com mais de 400 casas já reformadas, o programa Casa Manauara virou uma política pública permanente, sancionada por lei municipal. Segundo Renato Junior, o objetivo é reformar ao menos 10% das 40 mil casas precárias em Manaus. “É ousado, mas é possível”, destacou o prefeito em exercício, que também é titular da Seminf.
As comunidades atendidas incluem São Lázaro, Santa Luzia, Colônia Antônio Aleixo e Mauazinho. As reformas são definidas com base em diagnósticos técnicos e sociais, conduzidos por assistentes sociais e engenheiros da Semhaf. “Não é sorteio nem favor. É política pública feita com seriedade”, explicou o secretário de Habitação, Jesus Alves.
No Morro da Liberdade, a resposta foi rápida. O comerciante Ivan Rego, de 65 anos, se surpreendeu com a agilidade: “Vieram ver minha casa, anotaram tudo e dois dias depois começaram. Em dez dias, estava pronto. É muito além da minha força”, disse.
Com a institucionalização do programa, uma nova etapa de reformas será iniciada nas próximas semanas, incluindo bairros da zona Leste e comunidades ribeirinhas afetadas pela cheia.
“Manaus ainda tem muitas feridas abertas. Mas se cada casa recuperada representa uma vida acolhida, a gente vai estar no caminho certo”, concluiu Renato Junior.