Ribeirão Preto (SP)- Em Ribeirão Preto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou a aposentada Elizabete Arrabaça, de 67 anos, e seu filho, o médico Luiz Antonio Garnica, de 38, pelo feminicídio de Larissa Rodrigues, de 37, esposa de Luiz. O crime, ocorrido em 21 de março de 2025, teria sido motivado por questões financeiras, já que Larissa planejava se divorciar após descobrir uma traição do marido.
Segundo o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, Elizabete envenenou a nora gradualmente, oferecendo alimentos com pequenas doses de chumbinho. Com a confirmação do divórcio, a sogra aplicou a dose letal. Luiz, por sua vez, impediu que a vítima buscasse ajuda médica. Larissa foi encontrada morta no dia seguinte, e exames do IML confirmaram a presença do veneno.
As investigações revelaram que Elizabete também pode ter envenenado sua própria filha, Nathalia Garnica, de 42 anos, morta um mês antes supostamente por causas naturais. A exumação do corpo detectou traços de chumbinho. O motivo seria herdar os bens da filha, já que Elizabete devia cerca de R$ 320 mil.
Denúncia e defesa
O caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e ambos os acusados negam as acusações. Eles respondem por feminicídio com agravantes, como motivo torpe e uso de veneno. A polícia continua investigando os detalhes da trama.