São Paulo (SP)- O ator Francisco Cuoco, um dos grandes nomes da dramaturgia nacional, faleceu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela família ao jornal Folha de S. Paulo. Cuoco deixou três filhos – Tatiana, Rodrigo e Diogo – e netos.
Internado no Hospital Albert Einstein, o artista enfrentava complicações de saúde relacionadas à idade. A causa exata da morte não foi divulgada, mas ele tratava um ferimento que evoluiu com infecção.
Nascido em São Paulo, filho do feirante italiano Leopoldo e da dona de casa Antonieta, Cuoco cresceu no bairro do Brás, em uma família humilde. Durante a juventude, ajudava o pai na feira e, à noite, estudava com o sonho de se tornar advogado. Sua vida mudou ao se encantar pela interpretação após assistir a espetáculos de circos itinerantes próximos à sua casa.
Carreira brilhante no teatro e na TV

Inicialmente interessado em Direito, Cuoco optou pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde estudou por quatro anos. Passou por companhias renomadas, como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete. Em 1961, destacou-se na peça “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, e, três anos depois, venceu o prêmio de melhor ator coadjuvante da APCA por “Boeing-Boeing”.
Na televisão, estreou na extinta TV Tupi, no “Grande Teatro Tupi”, mas foi na TV Globo que se consagrou, atuando em novelas como “Selva de Pedra” (1972), “Pecado Capital” (1975) e “O Astro” (1977), tornando-se um dos grandes galãs da teledramaturgia.
Vida pessoal e legado
Cuoco teve três casamentos marcantes: com a atriz Carminha Brandão (1960-1964), com Gina Rodrigues, mãe de seus filhos, e com a estilista Thaís Almeida, 53 anos mais jovem, entre 2014 e 2017.
Apesar de atuar com menos frequência nos últimos anos, Francisco Cuoco permanece como um ícone da televisão brasileira, lembrado por seu talento e contribuição à cultura nacional.