Brasil (BR)- A ginasta Rebeca Andrade fez história ao conquistar o Prêmio Laureus 2025, considerado o Oscar do Esporte. O evento ocorreu nesta segunda-feira (21) em Madri, na Espanha, e marcou um momento significativo para o esporte brasileiro.
Rebeca foi premiada na categoria “Retorno do Ano” devido à sua impressionante trajetória de superação até o pódio olímpico em Paris 2024. Com esta conquista, ela se torna a primeira mulher do esporte brasileiro a vencer o Laureus, um feito que destaca sua importância e resiliência.
Para garantir a estatueta, Rebeca superou concorrentes de peso, incluindo o nadador americano Caeleb Dressel, a esquiadora suíça Lara Gut-Behrami, o motociclista espanhol Marc Márquez, o jogador de críquete indiano Rishabh Pant e a nadadora australiana Ariarne Titmus.
Após conquistar quatro medalhas na Olimpíada de Paris 2024, sendo um ouro, duas pratas e um bronze, Rebeca se tornou a maior medalhista do Brasil na história das Olimpíadas.

A trajetória de Rebeca é marcada por desafios, incluindo três cirurgias no joelho direito que a afastaram de importantes competições. Em seu discurso de agradecimento, ela expressou sua felicidade e honra ao receber o prêmio, reconhecendo o apoio crucial de sua equipe e de sua psicóloga, Aline Wolff.
“Me sinto feliz de ser uma grande referência para as gerações que estão vindo e para pessoas em geral, de força, de mostrar que a gente pode alcançar os nossos objetivos, independentemente do lugar de onde a gente tenha vindo”, disse.
A importância da representatividade da mulher afrolatina
A conquista de Rebeca Andrade no Prêmio Laureus é um marco não apenas para a ginasta, mas também para a representatividade feminina, especialmente para as mulheres afrolatinas. Em um campo esportivo tão dificultoso, a vitória de Rebeca destaca a necessidade de mais mulheres em posições de destaque, inspirando futuras gerações.
A representatividade é fundamental para quebrar estereótipos e abrir caminhos para novas atletas. Quando uma mulher afrolatina se destaca em um prêmio internacional, ela não apenas conquista um título, mas também o reconhecimento global.
A conquista serve como um lembrete poderoso de que a diversidade e a inclusão são essenciais para o desenvolvimento do esporte, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.