Las Vegas (EUA)- Neste domingo (05/01), Fernanda Torres não apenas se destacou em “Ainda Estou Aqui”, mas também fez história ao se tornar a primeira brasileira a ganhar o Golden Globe na categoria de melhor atriz. Este reconhecimento internacional é um marco não apenas para a atriz, mas para toda a indústria cinematográfica brasileira, que continua a brilhar e a ser reconhecida em palcos globais.
No cenário cinematográfico brasileiro, o filme “Ainda Estou Aqui” se destaca não apenas como uma obra de arte, mas também como um poderoso testemunho da luta contra a ditadura militar no Brasil.
O longa, que retrata a resistência e as dificuldades enfrentadas por aqueles que se opuseram ao regime opressivo, ressoa profundamente com a necessidade de lembrar e refletir sobre esse período sombrio da nossa história.
A performance de Selton Mello e Fernanda Torres é um dos grandes trunfos do filme. Mello, com sua interpretação intensa e sensível, traz à tona a complexidade emocional de um protagonista que enfrenta dilemas morais em um contexto de repressão. Por outro lado, Fernanda Torres, em uma atuação brilhante, consegue transmitir uma força e vulnerabilidade que cativam o público, fazendo com que a sua personagem se torne um símbolo de coragem e resiliência.
A importância de “Ainda Estou Aqui” vai além de sua narrativa; ele serve como um lembrete da luta pela liberdade e da necessidade de preservar a memória histórica. Em um momento em que o Brasil ainda lida com as consequências desse passado, o filme se torna uma ferramenta vital para fomentar discussões sobre direitos humanos e a importância da democracia.
“Eu quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não tem ideia, ela esteve aqui há 25 anos. Isso é uma prova que a arte perdura na vida, até durante os momentos mais difíceis, como os quais Eunice Paiva passou”, afirmou Fernanda.
A combinação da atuação excepcional de Torres e a relevância histórica do filme “Ainda Estou Aqui” reafirma a importância da cultura no combate à opressão e na celebração da liberdade. O talento e a dedicação de artistas como Selton Mello, Fernanda Torres e do Diretor Walter Sales (Central do Brasil), são fundamentais para que a história do Brasil continue a ser contada e lembrada.